terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A falta que me fazes!


Deus meu!
Há dias em que não existes!
Sei que é engano meu, mas é exatamente o que sinto.
É como se uma nuvem escura tapasse o sol
e o meu dia se transformasse em penumbra.
Além das nuvens há luz, mas em mim não vejo nada!
Aflito e oprimido, grito por ti
e não vejo, não escuto, não sinto nada,
senão o eco do meu grito.
Nesses dias, entendo um pouco o drama dos ateus;
não crer, nem sequer que seja possível!
Depois acontecem os dias claros
e vejo e sinto e respiro aliviado!
Neste jogo de esconde-esconde, quem perde sou eu.
Tu és o Deus da “face oculta”
e eu não tenho onde esconder-me de Ti
Tu encontras-me a todo o instante.
E eu encontro-Te e perco-Te… encontro
Mas, nesse achar e perder de vista,
cada dia chego mais perto,
cada dia descubro um pouco mais, entro mais no teu infinito.
Deus da face oculta:
Obrigado pelos dias em que pareces não existir.
Sem eles, eu não faria o esforço que faço
para Te compreender e encontrar.
A falta que me fazes prova que existes!...

Adaptado de: Pe. Zezinho, Desculpa, Deus, ainda não sei rezar, Aparecida: Ed. Santuário, 1985,

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