segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

VIgília de Oração - Quaresma


A Vigília da passada sexta feira ficou gravada no coração de todos os que participaram, partilharam e deram testemunho. É por tudo isto que vale a pena continuar!

Cântico
Esta sede de Te encontrar em mim
De correr p´ra Ti, de estar junto de Ti
Guias pelos vales o decurso do meu rio
Única razão és Tu, único sustento, Tu
A minha vida existe porque existes Tu

Tudo gira à Tua volta em função e Ti
Não importa quando, onde e o porquê! (Bis)


Leitor 1 –  A Quaresma é um tempo em que somos convidados a fazer um esforço de conversão e transformação interior, através da oração, da reflexão, da partilha, voltando-nos apenas para o que é essencial.
Nestes 40 dias, queremos todos ter a oportunidade de nos encontrarmos com Cristo, que é DNA, pela ligação a Deus que  é Pai, e o nosso GPS, uma vez que é no encontro com Ele que descobrimos o caminho “certo”.

Cântico
Brilha a Tua luz no centro do meu ser
Dás sentido à vida que em mim nasceu
Tudo o que farei será somente amor
Único sustento Tu, a estrela polar Tu,
A minha vida existe porque existes Tu.

Tudo gira à Tua volta em função e Ti
Não importa quando, onde e o porquê! (Bis)

Leitura de Carta de São Paulo aos Romanos
“A palavra de Deus está perto de ti, na tua boca e no teu coração.” Esta é a fé que nós pregamos. Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e se acreditares no teu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Pois com o coração se acredita para obter a justiça e com a boca se professa a fé para alcançar a Salvação.”
Palavra do Senhor

Cântico
Senhor, sois o meu Deus
Desde a aurora vos busco
Em minh’alma suspiro por vós
Minh’alma tem sede de Vós
Como terra sem água!
Eu quero contemplar,
Vosso amor, vossa glória
Visitar vosso templo e cantar
Minh’alma tem sede de vós
Como terra sem……

Água
Vossa graça vale mais do que a vida
Água
A vida inteira não chega para vos bendizer
A vida inteira não chega
P’ra amar!


Do Evangelho de São Mateus

Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar.
A Ele juntou-se uma grande multidão.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas…
O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios cheios de pedras, onde não havia muita terra: logo brotaram, porque a terra era pouco profunda. Porém, logo que o Sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta.
Aquele que tiver ouvidos, oiça!”

Cântico
Pai, eu Te adoro
Te ofereço a minha vida
Como eu Te amo

Jesus Cristo…
Espírito Santo…
Trindade Santa…

(Silêncio)

Porque é quaresma e porque o caminho é longo… Lançamos um desafio! Serão distribuídas umas pequenas folhas que, simbolicamente, representam pedras. As pedras do caminho que queremos percorrer. O desafio é simples: com uma pequena reflexão individual, pensemos no que nos preocupa, nos nossos desejos, nos nossos medos,…. Depois vamos escrever na nossa pedra: uma palavra, uma frase,… o que melhor representar o que queremos partilhar.

Cântico durante o momento em que se faz a reflexão individual
O Reino de Deus é um Reino de Paz, justiça e alegria!
Senhor, em nós vem abrir, as portas do Teu Reino!

Cântico
Perdoa, Senhor, o nosso dia
A ausência de gestos corajosos,
A fraqueza dos atos consentidos,
A vida dos momentos mal amados.

Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa porque não nos libertámos.
Perdoa as correntes que pusemos
Em Ti, Senhor, porque não ousámos.

Contudo, faz-nos sentir,
Perdoar é esquecer a antiga guerra.
E partindo, recomeçar de novo,
Como o Sol, que sempre beija a terra!


Oração de intercessão e louvor
Ubi caritas, et amor! Ubi caritas, Deus ibi est!

Que tenhamos, em cada momento, consciência de “limpar”, “arar”, “repousar” a “terra” da nossa mente e do nosso coração, para que as inúmeras sementes que Deus nos lança, germinem e dêem frutos.

Que Deus nos ajude a reconhecer, nos outros e nas circunstâncias, de forma inesperada, oportunidades de crescer na fé e no amor.

Nesta Quaresma, pedimos a Deus que nos ajude a amar os nossos inimigos, aproveitando este tempo para nos dedicarmosàs pessoas de quem não gostamos tanto.

Nesta Quaresma, pedimos-te força e coragem para não perdermos a humildade de pedir ajuda ao Pai para enfrentarmos as nossas “tempestades” com fé.
(Preces espontâneas, partilhas......)

Cântico
Sei Senhor, que na vida,
Nem sempre temos tudo, tudo dado!
Por isso, aqui estou,
Pronto para ser, ser ajudado.

Senhor, a Ti me entrego
Com todo o coração,
Eu nunca fui tão sincero,
Não sei mais o que fazer!
Sem ti, eu não sei viver,
Ouve a minha oração,
Senhor, dá-me a tua mão.

Sei senhor, que não posso
Ter tudo o que quero,
Ou que gosto.
Por isso, peço-Te a Ti
Que me leves sempre, sempre contigo.

Tantas vezes dizemos a oração que Jesus nos veio ensinar de uma forma mecânica, repetida e pobre, sem atendermos no sentido das suas palavras e na importância que tem para a nossa vida e para a nossa relação com os outros. É, antes de mais, a oração que nos caracteriza, que nos define e que permite afirmar, perante o mundo, quem somos. Hoje, vamos rezá-la. Rezá-la verdadeiramente, sentindo que é nossa e para nós. Sentindo que não estamos sós e que, com Cristo, seremos mais felizes se vivermos para os outros.

Pai nosso

Se o grão de trigo, não morrer na terra
É impossível que nasça fruto!
Aquele que dá, a sua vida aos outros
Terá sempre o Senhor! (Bis)

Felizes seremos nós na pobreza
Se em nossas mãos opera o amor de Deus!
Se nos abrirmos à esperança
Se trabalhar mos por fazer o bem!
Felizes seremos nós na humildade
Se como crianças soubermos viver
A terra será, a nossa herança…
A nossa herança!

Se o grão de trigo, não morrer na terra
É impossível que nasça fruto!
Aquele que dá, a sua vida aos outros
Terá sempre o Senhor! (Bis)



O Homem Velho
O Homem Velho é egoísta. Pensa sempre em si e no seu interesse, mesmo quando faz coisas boas. Se não lhe agradecem devidamente, sente-se ofendido...
O Homem Velho não sabe o que é a gratuidade porque procura sempre compensações e procura-se apenas a si próprio nas relações com os outros...
O Homem Velho não confia nas pessoas porque parte sempre do princípio  que elas o podem magoar ou pôr em causa. Por isso, assume muitas atitudes ríspidas e frias, que é uma maneira de manter as pessoas à distância...
O Homem Velho é violento porque está sempre a defender-se e a defender o seu espaço, as suas certezas, as suas opiniões e os seus privilégios...
O Homem Velho, apesar disto, é digno de pena, porque está sempre a vitamizar-se do “mal” que o mundo inteiro arquitecta contra ele. Sente-se sempre vítima da sua história injusta e das pessoas que o rodeiam e só lhe fazem mal...
O Homem Velho não sabe perdoar, porque isso implica amar com o Coração inteiro. Às vezes consegue “desculpar” algumas coisas, mas guarda tudo num “baú escondido” da sua mente e usa isso como arma de arremesso em alturas de tensão ou confronto...”
O Homem Velho é uma pessoa azeda porque não é capaz de olhar nada com optimismo nem ninguém com Confiança....
O Homem Velho é injusto, porque está sempre a exigir dos outros aquilo que não lhes dá e a implorar da Vida aquilo que ele se recusa a construir, por medo ou por preguiça...
O Homem Velho é mesquinho, porque tem uma dificuldade enorme em olhar à sua volta, perceber as necessidades dos outros, interpretar os seus sentimentos ou corresponder aos seus desejos. Quando, às vezes, se dá conta disso, opta por baixar a cabeça, colocar as mãos nos bolsos e seguir adiante, porque se sente incomodado...
O Homem Velho adora dizer “Não é nada comigo!”, mesmo quando está em causa o bem dos irmãos, mas passado um bocado já se está a queixar que as coisas estão todas mal porque ninguém faz nada.
O Homem Velho diz “ Eu estou bem!” quando consegue chegar à total indiferença e reduzir o mundo ao tamanho do seu casulo....
O Homem Velho é escravo de mil coisas sem o saber! Não é capaz de comprometer a Vida por nada, não tem causas que o apaixonem nem motivos que o façam correr em direcção a nada. Sempre que o Homem Velho corre é para fugir de alguma coisa...
O Homem Velho vive assustado porque, no fundo, a solidão acaba sempre por doer e o egoísmo, quando o apanha sozinho e desprotegido, atira-lhe à cara que assim nunca chegará a ser feliz...
O Homem Velho não é criativo, porque não acredita no futuro nem acredita que aquilo que faz possa ser importante para alguém. Tem medo do que é novo e, sobretudo, tem medo de fracassar....
O Homem Velho não gosta do evangelho de Jesus, porque não conhece nada mais perigoso e comprometedor do que isso. Não gosta de Jesus de Nazaré porque o centro do seu Evangelho é a construção do Reino de Deus, que tem a ver com a emergência da justiça e da igualdade pelo caminho do amor fraterno e do perdão recíproco. O Homem Velho prefere o outro “Jesus” aquele “Senhor lá do alto do céu” ao qual é possível “amar” sem que seja preciso amar mais ninguém...ao qual é possível “prestar culto” sem ser preciso servir mais ninguém...
O Homem Velho não gosta de Deus, de Jesus, Aquele que em Si próprio é Comunhão Amorosa Familiar. Prefere o “deus todo-poderoso” que, tal como ele, também não confia em ninguém nem ama de verdade mas apenas se mantém à distância e julga...
O Homem Velho não gosta nada que lhe falem da igreja como Comunidade, porque isso é uma enorme perda de tempo e, sobretudo, uma fonte de sofrimento, porque a Comunidade põe em causa a sua maneira de estar, de acreditar e de rezar...
O Homem Velho não é feliz...E continuará a não ser enquanto perder o tempo a culpar os outros disso. É uma das manhas do egoísmo, esta de querer que tudo e todos mudem para que nós sejamos diferentes....
O Homem Velho não está aberto ao Espírito Santo porque não está aberto aos irmãos! A Palavra de Deus não acontece no seu íntimo porque está fechado às meditações
O Homem Velho tem os dias contados...


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